sexta-feira, maio 18, 2012

Me dê a mão, vamos sair pra ver o Sol



Eu tenho um mundo, um mundo só meu. Um mundo moderno, bonito e cheio de pessoas bacanas. Um mundo com nome e localização: a Mayralândia, no País das Ideias. Fica aqui, bem pertinho de mim.

Ora, se o Calvin pode ter um amigo só dele e a Alice um país maravilhoso só pra ela, por que eu não posso ter um mundo mais fantástico que o do Bobby? E o meu é fantástico e meio. Muito, mas muito mais legal mesmo.

Na Mayralândia não há tempo ruim. O nascer e o pôr-do-sol são os mais sensacionais de todos. Até que o de Brasília, garanto. Lá, não batemos palmas quando o Sol vai embora, isso é coisa do Arpoador. Lá a gente grita "Uhuuu!!! Sol, seu lindo!!". E o Sol sorri e se despede com um tchauzinho. Juro pra vocês.

No meu mundo as pessoas não se magooam, não se ferem, não são cruéis. As pessoas celebram a vida e o amor. Brindam pelas conquistas de cada dia, pelas boas lembranças e histórias que vivem pra contar depois. Na Mayralândia não há rancor, não há ódio nem incompreensão. Há o desejo de ser feliz. Pura e simplesmente.

Nesse mundo que eu criei só pra mim, tem praias, montanhas, cachoeiras, desertos e jardins. E flores nascem todos os dias pra enfeitar a vida de quem se quer bem. As orquídeas enfeitam o dia e as rosas perfumam a noite. Há varandas para serestas e serenatas. Há histórias de amor. Há crianças, adultos e velhos convivendo em harmonia. Há prazer.

Na Mayralândia todos nascem bonitos, simpáticos e já sabendo ler. Os moradores se presenteiam com trechos de bons livros e também oferecem uns aos outros o cantarolar de músicas, que fazem soar aos ouvidos de quem mora lá, as melodias do amor-demais, aquele do Poetinha.

No meu mundo acontecem as melhores baladas e festas que já se ouviu falar. Há sorrisos, registros mágicos e muita, muita cumplicidade no ar. Há sexo, desejo e vontade. Há amor, carinho e afeto. Há casas feitas de doces sem bruxas morando dentro. E sim, existem bruxas, porque sabemos que las hay. Mas são bruxas munidas de vassouras que limpam a sujeira de quem faz mal para o mundo e voam pra bem longe com ela.

Na Mayralândia os acepipes são todos gostosos e suculentos. Há cheiro de gostosuras pelo ar e há travessuras por suas ruas. Lá todos os dias são feriados e também a véspera deles. Não há relógio, não há portas, não há pressa... a não ser a de ser feliz sempre.

No meu mundo eu me fecho quando quero ficar bem e também quando quero me preservar dos males deste nosso mundo real. Lá, sinto o abraço quente de quem gosta de mim, de quem me ama e me quer muito bem. Na Mayralândia não há vazio. Todos os espaços são preenchidos com euforia e vontade de viver. Viajar pra lá é fácil, basta fechar os olhos e sentir. Rapidinho você desembarca e percebe como o Maestro estava errado: é possível sim ser feliz sozinho.

Beijinhos do lado de lá.

terça-feira, maio 15, 2012

Isto merece um brinde!


Nada melhor do que receber recompensas na vida. Escrevo despretensiosamente neste blog, me exponho, me abro, me acabo. Ainda assim, há compensações. 

Hoje fui surpreendida por uma mensagem de um ilustre desconhecido no Facebook que me dizia que tinha "baculejado" o Milk Shake. Não entendi e indaguei o que aquilo significava. Então obtive como resposta: "Só que li teu blog, gostei e resolvi divulgar no meu... Vc escreve muito bem e é muito divertida. Parabéns!". Dei um riso amarelo e fui atrás pra saber o que havia escrito a meu respeito. Delicinha de texto e elogios adoráveis. Mas gostei mesmo foi da perspicácia do rapaz em desconfiar que eu sou hiperativa. Hã? Logo eu que sou tão pacata e discreta?? Hahahahaha. 


Compartilho com vocês a boa surpresa do dia. Aproveitem pra incluir o blog dele (Breique) na lista de vocês, porque vale a pena.

Beijinhos convencidos fazendo tim-tim.

Acho simplesmente adorável quando a vida se apresenta mais surpreendente que arte – por “arte”, entendam tudo de duvidoso que costumo escrever aqui no Breique. Só que para isso é preciso viver intensamente e, ao mesmo tempo, saber enxergar a riqueza em cada gesto, em cada ocasião, de forma a traduzir estas pequenas vastidões em palavras.
Escrever sobre minhaa própria vida nunca foi meu forte, e raramente o faço. Não se trata preservar a intimidade ou qualquer bobagem assim. Minha dificuldade resulta do fato de que sempre achei minha própria vida bem desinteressante. Entendam bem a situação: a vida em si não é desinteressante, mas para falar dela com genialidade é necessário encontrar o ponto forte nas coisas comuns que recheiam os dias.
É exatamente esta epifania que tive quando conheci o alvo do nosso Big Blog Baculejo de hoje, o Milk-Shake, um blog onde Mayra Cunha fala sobre aventuras e acontecimentos de sua vida com um humor calórico de adjetivos e saboroso de criatividade.
É certo que a moça deve ser meio hiperativa para viver tantas aventuras ali descritas, mas sem dúvida é o seu olhar que dá o tom descontraído quando fala do seu aniversário, é a sua interpretação que torna hilária uma história sobre uma carteira encontrada num taxi (e seu dono misterioso), assim como é o seu ângulo de abordagem que nos faz ler de um tiro sua descoberta de que se torna abstêmia em grandes ocasiões alcoólicas – deve ser por isso que nunca nos conhecemos, eu sempre desconfio de quem não bebe…
Está achando pouco? Então beba esta batida: sabe o que é adorar leite e seus colegas derivados, mas ter intolerância à lactose, e ainda por cima se dedicar a escrever um blog chamado justamente Milk-Shake? Para quem é chegado numa ironia assim como eu, isso é o must da modernidade humorística!
E já que o nome do blog é o da tal batidinha de leite com sorvete, Mayra decora sua página com temas de cozinha, outra de suas paixões. Se ficasse só na cozinha já estava bem bão, mas o vai além: está cheio de ilustrações da década de 50, do tipo comercial da General-Electric com aquelas donas de casa american way of life que parecem saídas dos seriados “A feiticeira” e “Jeannie é um Gênio”. Quem não adora?
Jornalista, publicitária e outras coisinhas mais, me parece infrutífero falar sobre a autora quando ela já se apresenta tão eloquentemente; vejamos uma partezinha de Mayra por ela mesma:
“Comecei a falar aos 9 meses de vida e não parei até hoje. Coloco alho e azeite em tudo. Tenho intolerância à lactose mas abstraio. A vida sem queijo fica muito sem graça. Meu estômago não agradece. Gosto de ir passear no Extra e no Pão de Açúcar quando não tenho nada pra fazer, só pra ver o que tem de novo no mercado. Adoro os rótulos e as embalagens. Devo ser mesmo doida. Mas tem gente pior. Acredite.
Puxa, ainda não te convenci a visitá-la? Quem sabe então você se decida a partir da avaliação do Big Blog Baculejo: Milk Shake é gostoso que nem o nome, divertido como sua autora e hilário como… Intolerância à lactose!