quinta-feira, maio 02, 2013

Ai, ai, Banksy! Assim você me mata!




Aí a pessoa deixa o celular cair no táxi na hora de pagar a passagem. Ok.

Aí a pessoa se dá conta, liga pra empresa de táxi e dizem que não, que você tá doida e que nada foi esquecido lá. Você se contenta, triste.

Mas aí a pessoa TEM CERTEZA que não tá doida, liga vinte vezes pro próprio celular, que só chama e não atende, e resolve dormir com o aparelho fixo do lado da cama. Afinal, quem rouba desliga logo, né?

De manhã, tipo umas cinco horas depois, uma manicure te liga (e você assim... ainda meio bêbada, bora combinar) dizendo que você esqueceu o celular no táxi do irmão dela. Pega o número do seu primo de contato e tudo fica lindo, dizendo que te liga quando sair de Valparaízo. Hein ? Tá, né?

Aí você relaxa, fazer o que?

Então você, dona do celular, fica tranquila - afinal, acharam ele -, pega a prima no aeroporto e vai encher a cara no boteco. NUNCA RECEBE um feedback da porra do celular da manicure. Já acha que é pessoal. Não acha. Tem certeza.

Aí liga pra central de táxi pra localizar quem-quer-que-seja e dizem "ele disse que nada foi encontrado no veículo". Hein? Não foi nenhum parente???

Aí você surta, afinal, já bebeu. E perdeu a merda do celular.

Agora não tem nada pra dizer.

(Uns três shots de qualquer bebida são virados por conta da otarice da qual você se sentiu passar)

(...)

Você faria o que? Bloquearia o telefone? Pois é. Feito isso...

O taxista, que antes falou que não conhecia ninguém que tivesse encontrado o celular no carro dele, muda de ideia:

- Minha irmã achou, tá na casa dela, no endereço tal.

Aí a pessoa larga o bar e se taca pro tal endereço. Encontra uma porta toda fofa com Calvin e Haroldo de decoração. Bate uma, bate duas, bate três. Um garoto abre e diz que ninguém com aquele nome mora lá. Meus olhos, já prontos pra chorar, são acalentados por uma vizinha que abre a porta e diz: "Mayra"?

Sério. Quase morri. E aí, sem muita conversa,ela  me entrega meu celular.

Voltei pro boteco. Semi-morta. Calada. Quieta. Tranquila. Celular agora tá bloqueado e a pessoa (no caso, eu) precisa se dirigir a uma loja física pra resolver o problema.

Fiz a coisa certa? Ou não? Não sei, só sei que foi assim.