
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Programa Kamikaze

quarta-feira, novembro 04, 2009
Nunca tive um plano B
Outro dia numa roda de amigos que comentavam sobre as próximas eleições, bradavam sobre Dilmas, Ciros, Serras e Marinas. A discussão maior era em quem se votaria em 2010 pra cadeira do Planalto. Até então quieta, me questionaram sobre minha opção. Não tive dúvidas, respondi:
- Eu voto no Lula.
- Ah, então você vai votar no candidato ou candidata que ele apoiar, isso?
- Não. Eu voto no Lula. Só voto nele.
- Mayraaaa, hellooooo!!! O Lula não será candidato nas próximas eleições.
- Problema dele. Porque não sei votar em outra pessoa.
Entendam um detalhe interessantíssimo: desde que o mundo das urnas existe na minha vida; desde que me tornei uma legítima cidadã brasileira; desde que usei meu título de eleitor pela primeira vez aos 18 anos, em 1994... não passei uma única eleição sequer sem votar no Lula. Compreenderam o drama? Tipo... o cara sempre foi candidato, desde o meu primeiro voto! Oh céus!! O que fazer em 2010??? Nesse caso, acho que nem o Chapolin poderá me ajudar.
Resolvi fazer uma pequena retrospectiva de todas as eleições presidenciais por que já passei:
1994 - Lula X FHC
1998 - Lula X FHC
2002 - Lula X Serra
2006 - Lula X Alckmin
Nunca antes na história da minha vida, votei em outro candidato para presidente. Então percebo que 2010 será um ano diferente e que vai exigir de mim mais paciência, dedicação e comprometimento. Além de uma boa dose de disposição para aguentar a briga de foice que vai rolar. Sim, porque eu já estava no piloto automático, né? Nem precisava pensar muito porque convicção sempre foi um dos meus fortes. Era Lula na cabeça. E não se fala mais nisso.
Exercitando o lado Pollyanna (forever and ever!), ainda na tal roda de amigos, comentei que as próximas eleições serão, no mínimo, divertidas. Vamos ver uma retrospectiva de escândalos do governo Lula nos últimos 8 anos pipocando nos programas de TV, um monte de dissidências partidárias (troca-troca que praticamente pode-se chamar de suruba, vamos combinar), neguinho que era de esquerda agora defendendo a direita e vice-versa. Vai dar pra rir bastante e colocar a cabeça pra pensar.
Tá, tudo bem, vou ter que me conformar em "mudar" meu voto ano que vem. Mas não tem problema não, porque eu tenho a teoria de que o Lula tem um plano e eu vou rir muito se isso realmente rolar. O Brasil vai ganhar a Copa do Mundo em 2010, na África do Sul e ele vai entregar o governo pro sucessor com mais essa vitória. A popularidade vai estar bombando tanto positivamente (pra variar), e aí 4 anos depois, ele vai voltar pra presidência (contando com meu eterno voto, lógico), quando estará no posto vendo as Olimpíadas, conquista da gestão dele, serem sediadas no país. Bingo!
Ah, e até o Obama acha, gente. O Lula é "o cara". Hahahahaha.
Beijinhos completamente Lulistas e anti-PT (que fique bem claro).
sexta-feira, outubro 09, 2009
A senhora vai querer de que sabor?

Começou há três semanas. Desde então, meu celular toca religiosamente todos os dias depois das 18h, de números desconhecidos, sempre alguém pedindo uma pizza. E segue tocando até perto de meia-noite. Eu disse todos os dias. Não entendi nada no começo. "Pizza? Que pizza?? Pirou??". Fiquei bem irritada pra falar a verdade. "É engano, meu filho! Este número é particular". Depois de uma semana tentando acreditar, me convenci: meu número estava em algum lugar como sendo de uma pizzaria delivery. Ok. Coisas que acontecem só comigo.
Então perguntei pra um dos esfomeados que me ligava: "Vem cá, onde você pegou este número? Ah, num panfleto que distribuiram no Gama? Que ótimo, hein? E não tem um número fixo aí? Tem?? Então me passa por favor!!". Ligo lá e atendem num italiano chinfrim: "Bom Giorno". Bom giorno é a p** que te p**!!!! Não, eu não disse isso, mas tive muita vontade. "Olá, boa noite, tudo bem? Não, não quero pizza, quero apenas informar que vocês publicaram o número do meu celular no panfleto de vocês e que não aguento mais atender pedidos de pizza". A moça, muito educada e sem graça, me pede desculpas e conta que já mandaram fazer panfletos novos e com o número certo. Tá. E o que a gente faz com os antigos?? Nada, óbvio. Senta e atende novas ligações, Mayra.
Quando comentei com amigos, ouvi de muitos: "Ah Mayra, entra na brincadeira, anota os pedidos". Gente, eu sou doida, sou divertida, sou sarcástica... mas não sou uma pessoa má. Já pensou que horror você estar em casa com fome, pedir uma pizza, achar que ela vai chegar e ela nunca dar notícias de vida, porque um engraçadinho resolveu curtir com sua cara? E por conta de um erro que você não tem culpa nenhuma? Não, eu nunca faria isso. Mas também não disse pra ninguém fazer.
Outro dia lá em casa estava recebendo uns amigos e o telefone, como de praxe, destrambelhou a tocar. Final de semana, comprovadamente, as pessoas pedem mais pizzas, muitas pizzas. A amiga pega o telefone e resolve me dar uma força: "Não amigo, publicaram este número errado, ligue pro fixo". Depois de atender umas 10 ligações, se diz cansada. O marido então assume o telemarketing e resolve que vai se divertir um pouco. Foi o que eu disse: fazer eu não faço, mas não proibo ninguém de fazer nada. Devo confessar que nos divertimos MUITO. Nunca rimos tanto. A cada ligação, ele atendia falando numa língua diferente. Isso quando não oferecia os tipos mais esdrúxulos de sabores e ouvia, em 90% das vezes, toda sorte de palavrões. As pessoas ficam irritadas quando estão com fome, néam?
A brincadeira valeu por uma noite. Porque nas seguintes continuou a mesma rotina de sempre. Outro dia até fiz amizade. A moça ficou tão penalizada com a minha situação que até esqueceu da pizza. Começamos a conversar e ela me contou que passou por situação parecida, mas publicaram o número dela num outdoor de promoção de uma rádio. Foi mais fácil de resolver mas o celular dela tocou um bocado. E hoje é sexta-feira e tem feriado vindo aí. Meu telefone vai bombar, certamente. Já nem reclamo mais. Se tiver na balada, não atendo números desconhecidos. Se tiver dormindo, ponho no silencioso. E, tenho certeza, quando isso acabar, bem possível que eu entre em depressão. Afinal, é tão bom ouvir o telefone tocar quando se mora sozinha. Nem que seja engano e pra te pedirem uma pizza.
Beijinhos delivery de bom feriado pra todos.
quarta-feira, outubro 07, 2009
As pessoas mudam quando mudam
Perto de fazer 3 meses morando sozinha, andei percebendo algumas coisinhas:
1) Diferente de quando tinha vinte anos e tinha meu cantinho, não consigo mais sair de casa e deixar de fazer a cama. Não dá pra chegar morta de cansada e deitar num leito bagunçado. Um sinal de que os trinta fizeram alguma diferença? Talvez.
2) O ânimo pra fazer faxinas praticamente não existe. Já a ansiedade pelo dia que a diarista chega é de um tamanho sem igual. Do nível de largar a pia cheia de louça uns dois dias antes já que ela está chegando.
3) Acumular papéis, badulaques e objetos desnecessários já não tem a mesma importância. Começo a ver coisas "sobrando" pela casa, vou jogando tudo no lixo sem dó nem piedade. Espaço limpo é bom e eu gosto.
4) A animação de ir pra cozinha experimentar novas receitinhas só cresce. Comprar temperos diferentes e procurar na internet o que fazer com eles é pura diversão. Chamar os amigos pra servirem de cobaias, idem.
5) Atender telefone e campainha só quando der vontade. A ansiedade de saber quem me procura é praticamente mínima quando não estou a fim. E se tiver em casa de ressaca então, nem me importo de fingir que estou dormindo ou tomando banho. Abstraio mesmo. Desculpaê.
6) A incapacidade de cuidar de plantas continua a mesma. Esqueço que existem e quando lembro de molhar já estão mortas ou definhando. Até cacto eu já consegui matar de sede. Mas a paixão pelas flores de plástico tem aumentado muito. Meu lado kitch-brega-cafona aflorou nos últimos tempos que foi uma maravilha. E é assim que vou enfeitar as floreiras que ficam penduradas na janela do meu quarto. As flores de plástico não morrem.
7) Pago TV a cabo só pra desencargo de consciência. Usar mesmo, uso muito pouco. A disposição pra ligar a televisão tem sido cada vez menor. Já faço o favor de trabalhar em uma emissora e passo o dia todo com vários aparelhos ligadas no pé do ouvido. Quando ligo o meu, geralmente vou pros canais de música. E nem me irrito quando chove e sai tudo do ar porque deu pau na parabólica.
8) Descobri que forno de microondas é para os fracos. Tenho mania de ligar o forno a gás pra esquentar ou descongelar algo e só depois lembro que poderia ter feito isso de forma mais rápida. Tá, a pessoa é meio passada. E vamos combinar que o sabor muda, né? Microondas hoje serve de grande relógio de cozinha na minha casa. Nem sei direito pra que eu comprei um. Mas deixa ele lá, se não existisse, estaria sentindo falta com certeza.
9) Tomar café da manhã sozinha é mais chato do que fazer as outras refeições. Tenho tentado deixar tudo semi-pronto e arrumado na noite anterior. Até cuscuz eu arrisco providenciar de vez em quando. Se consigo me alimentar direitinho antes de ir trabalhar saio feliz. Quando tenho preguiça e saio de estômago vazio, fico querendo brigar comigo mesma por ter feito tamanha besteira.
10) Pessoas que moram sozinhas não fazem suco no liquidificador (a não ser de polpa); não se importam de andar nuas pela casa; tomam água no gargalo quando querem; têm mais cerveja, chá e suco na geladeira do que comida e; nunca, nunca, nunca mesmo falta gelo nas fôrmas.
E ninguém morre por conta disso. Eu, pelo menos, não. Sou muito feliz assim, viu? Muito mesmo.
Beijinhos aquecidos no microondas, já que é necessário usá-lo pra alguma coisa nesta vida.
terça-feira, outubro 06, 2009
Post-Scriptum para as mocinhas

Amigas,
a Campanha "Outubro Rosa", que busca combater o câncer de mama, chegou com força total. Eu já super aderi. Participe você também. É super simples mostrar seu apoio. "Furtei" umas dicas do blog Objetos de Desejo pra dar uma forcinha e ajudar a inspirar as moças a aderirem comigo:
- Pendure panos, faixas ou um laço cor-de-rosa em sua fachada, sacada, janelas;
- Prepare um jantar para seus amigos e coloque à mesa toalha e guardanapos cor-de-rosa;
- Enfeite seu carro com fitas cor-de-rosa na antena, no retrovisor ou no chaveiro;
- Vista-se de cor-de-rosa, crie um detalhe no seu figurino, um lenço, uma fita ou um cachecol amarrado à bolsa ou à mochila;
- Use e abuse do rosa no seu site, blog, Twitter, Orkut ou Facebook;
- Fale com outras pessoas sobre a importância do autocuidado e da detecção precoce do câncer de mama;
- Se você tem tempo disponível, contribua, seja voluntária da causa ao lado de entidades e grupos de apoio à saúde da mama.
Mais informações sobre a campanha, você encontra aqui.
Beijinhos cor-de-rosa pra você.
quarta-feira, julho 29, 2009
Porque eu sempre me divirto...

sexta-feira, julho 17, 2009
Minha Casa, Minha Vida
sexta-feira, julho 10, 2009
O bom filho à (sua) casa torna...
Quase quatro meses de sumiço completo do blog. Já fui mais séria com isso... mas a gente sempre encontra bons motivos pra voltar, não é mesmo? Pois bem, eu encontrei um ótimo motivo pra voltar a escrever: decidi morar sozinha de novo, depois de 6 anos na casa da mamãe.
Aos que não sabem e não acompanham o Milk Shake desde o início, eu já fiz isso antes: brinquei de casinha por um tempo. Aquelas coisas que a gente faz quando é (muito) novo e acha que vai conquistar o mundo. Não, eu não saí de casa pra morar em outra cidade, fazer intercâmbio ou trabalhar fora. Eu simplesmente, aos 21 anos, virei pra minha família e disse: "tô indo". E fui. Fui tentar entender o que era ser adulto, ter responsabilidades, pagar contas e fazer escolhas. Fui bater a cabeça e descobrir determinados valores que a gente só entende depois que cresce de verdade. Deu certo mas eu cansei e um dia voltei, sem dó nem remorso. E como toda mãe, fui recebida de braços extremamente abertos pela minha. E carinho, cuidado e chá quente quando fico gripada. Porque ficar doente sozinho é muito chato.
Colocando o saldo da brincadeira em números, dá mais ou menos a seguinte conta: em 6 anos de "independência", morei em 4 apartamentos diferentes, mais 5 pessoas com quem dividi um lar e 1 namorado que resolveu se mudar pra minha casa sem me avisar que eu tava "casando". Claro que não durou. Fiz uma nova "família" que até hoje se encontra e faz farras como nos velhos tempos.
Um dia eu olhei pros lados e pensei: "Pô! Eu tenho 27 anos, sou solteira, sem filhos e vivo pra pagar contas e decidir se pago a conta de telefone ou vou ao cinema". É, a vida era dura, eu ralava um bocado e, logicamente, sempre pude contar com uma forcinha extra da família. O que pesou foi ver todos os meus amigos aproveitando, viajando, curtindo todas, no auge dos 20 anos e eu lá... fazendo faxina e contando os trocados pra ver se conseguiria sobrar um trocadinho praquela sandália linda que eu tinha visto na liquidação no shopping. Tudo na vida é mesmo um questão de... escolhas.
Foi então que eu decidi considerar um convite da mamãe de voltar e ter dinheiro pra viajar e comprar as minhas coisas. Juntar pra comprar um apartamento? Quis não. Já sei que vou fazer isso boa parte da minha vida e ali o que eu queria mesmo era aproveitar. E aproveitei, viu!!! Ô, e como! Aproveitei tanto que tive tempo pra trabalhar, viajar e estudar pra concursos. Agora passei, tô bem, estável e senti, aos 33 anos, que estou suficientemente adulta pra encarar um segundo round e tocar minha vida. As condições agora são outras e eu estou muito feliz com minha decisão.
Tudo está acontecendo aos poucos. Ainda estou em fase de negociação com o apartamento dos sonhos (torçam pra dar certo!) e quando vou ao shopping, as placas de "Sale, Liquidação ou Bota Fora" não estão me encantando. A não ser que fogão, geladeira, micro-ondas e coisinhas de casa estejam incluídas no pacote. Pois é, meus amigos, estou totalmente voltada para o universo "casa" no momento. Cabeça, ombro, joelho e pé só trabalham pra isso. E quero (e vou) compartilhar este novo momento com vocês.
Mamãe? Vai ficar ótima. Estou indo morar pertinho dela pra não perder o hábito de ganhar cafuné nem perdê-la de vista. O importante é que nossos pais sempre sabem que a gente um dia cresce de verdade e tenta realmente mudar o mundo. Vou tentar fazer a minha parte. Meu mundo voltou a ser uma caixinha de surpresas que eu tô louca pra desbravar!
Boa sorte pra mim! Beijinhos de nova vida, novas perspectivas e, principalmente, saudades de todos vocês, meus leitores. Voltei!
terça-feira, março 24, 2009
Eu e meme. Meme e eu.
Já que tá faltando assunto (e saco) pra sentar e escrever, uma vez que um festival de ansiedades de todos-os-tipos-e-modelos me abateu nos últimos dias, vai um meme da blogosfera pra matar o tempo. Sei que é chatinho de ler, mas ninguém tá te obrigando. Ou tá???
Onde está seu celular? Sempre, sempre por perto. No momento, na mão de um ladrão sem-vergonha
E o namorado? No meu bolso que não está.
Cor do cabelo? Castanho escuro.
O que mais gosta de fazer? Pergunta relativa pra uma criatura quase-hiperativa como eu.
O que você sonhou na noite passada? Que roubavam, junto com eu celular, meus óculos Armani e o único relógio-jóia que possuo. Esses não davam pra bloquear, né?
Onde você está? A caminho de casa.
Onde você gostaria de estar agora? Em Paris.
Onde você gostaria de estar daqui a seis anos? Faço tantos planos que ainda não consegui chegar em 2015 dado o tanto de coisa que já inventei...
Onde você estava há seis anos? Voltando pra casa da mamãe.
Onde você estava na noite passada? Comprando presentes pra mim, porque eu mereço.
O que você não é? Palhaça.
O que você é? Autêntica.
Objeto de desejo? Minha Kombi vermelha e branca, modelo 1975.
O que vai comprar hoje? Folhas de papel depilatório.
Qual sua última compra? Um vestido show pra usar no aniversário e uma bandeira do Brasil pro Irmão levar pra Austrália.
A última coisa que você fez? Não dormi, com insônia.
O que você está usando? Blusa Shop 126, jeans Levis e sapatilha Arezzo.
Na TV? Nada. Trabalho em uma e já é o suficiente.
Seu cachorro? Uma é hiperativa como a mãe, o outro, passado como o pai.
Seu computador? Um notebook lindo vermelho e prata.
Seu humor? Uma beleza. Principalmente neste momento, em pleno inferno astral e na TPM. Topa um papo mais tarde?
Com saudades de alguém? Da vovó.
Seu carro? Um "Negão" sensacional que vai comigo pra todos os lugares.
Perfume que está usando? Euphoria, da Calvin Klein.
Última coisa que comeu? Filé com batata frita.
Fome de quê? De cultura geral.
Preguiça de… ? Gente sem iniciativa.
Próxima coisa que pretende comprar? Os ingressos pro show do B52's no Rio.
Seu verão? Pegando 40 graus no Rio de Janeiro. Delícia cremosa.
Ama alguém? Amo muitos alguéns.
Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? Hoje, na hora do almoço.
Quando chorou pela última vez? Hoje, na hora do almoço.
Passo a bola pra Baratinha, pra Cacá e pra Lu.
Beijinhos "memísticos".
segunda-feira, março 09, 2009
O negócio é passar a mão

sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Senhoras e Senhores, trago boas novas

segunda-feira, janeiro 26, 2009
Já nasci com Cristal Japonês

segunda-feira, janeiro 19, 2009
ETs, Go Home!

quinta-feira, janeiro 15, 2009
Batidinhas

segunda-feira, janeiro 12, 2009
Life is Beautiful

O ano começou bem. Aliás, ótimo. Melhor, acho que impossível. Só não começou mais sensacional porque, junto com ele, vieram 2 quilinhos adquiridos com tantas confraternizações, ceias e brindes. Natural pra época, mas que fazem qualquer criatura normal ficar deprimida em janeiro. E começar o ano de dieta. Básico.
O ano passado foi estranho. Aliás, foi tenso. Não foi dos piores, mas está longe de estar entre os melhores. Foi um ano ímpar, embora tenha sido par (que frase horrorosa foi essa, Mayra??). Diria até que "foi salvo" pelo show da Madonna. Ah, tá aí louco de curiosidade pra saber como tudo se passou com esta que vos fala, né?
Sem muito o que contar. Ainda estou sem palavras. Farei algumas (poucas) considerações pra não matar você de ansiedade:
1. Reencontrei Kinha, amiga-muito-querida de Recife que foi pra Sampa pelo mesmo motivo que eu: amor e paixão incondicionais pela Diva. Não desgrudamos durante os poucos dias que ficamos por lá. Foi lindo. Mais ainda compartilharmos um momento tão único pras duas. Valeu mais que um pacto de sangue. Somos irmãs "de Madonna" agora. E ninguém tira isso da gente.
2. Viajar com a família pela primeira vez, pra assistir a um show digno na Broadway, pela primeira vez. Tudo bem que eu nunca vi um show na Broadway na vida, mas era a única coisa que me ocorria pra descrever o que vi ali: um espetáculo de primeira qualidade. Aqui, na Mayralândia, isso deve ser coisa da Broadway sim.
3. Ter ao Kinha a meu lado durante o show pagando de intérprete não teve preço. Sim, porque vocês acham mesmo que com meu inglês intermediário, misturado à ansiedade e no meio daquela multidão, eu tinha condições de entender o que a Madonna dizia?? Of course que not. O melhor era que ela dizia tal coisa, aí o povo urrava. Então eu olhava pra Kinha com um ponto de interrogação na minha testa e ela traduzia. Pois é, meus urros vinham todos com delay, de quem entendeu a piada só depois. E eu não tava nem aí. Gritava do mesmo jeito. Foi engraçado mas foi lindo.
4. Tomar cerveja das 16h às 21h30, enquanto esperava o show começar (tudo pra guardar um bom lugar, e guardamos) e decidir não arredar o pé enquanto a Diva estivesse no palco. Incrível como a vontade de fazer xixi só apareceu quando surgiu "Game Over" no telão. Isso é que é concentração num show, rapaz.
5. Enfrentar um ônibus lotado de volta pra casa, depois de termos andado um monte, os pés doendo e alguma fome. Ainda encontrar na condução um paulistano-muito-puto com a lerdeza do motorista na direção, não podia ter sido melhor. Fomos rindo em pé, sacolejando, agarrados nos canos de segurança do alto do veículo. Valeu a pena e muitas histórias pra contar daquele ser indignado.
6. Ver meu pai animadíssimo com Madonna enlouquecendo no palco. Ver meu pai dançando e vibrando a cada surto da Diva. Ver pai, irmão e irmãzinha boquiabertos em determinados momentos, com ar de "putaquepariu, quequiéisso, mermão???". Bom demais.
7. Cruzar um vendedor de churrasquinho na porta do Morumbi, que fazia sua publicidade aos berros, aos passantes: "Olha o churrasquinho das pelancas da Madonnaaaaaaa". Tem como não rir???
8. Enfrentar uma hora na fila à espera da abertura do portão e, na hora de entrar, ver o pai sendo revistado e tendo que explicar que o volume no bolso do casaco era um singelo cachimbo. Pra completar, enquanto o pai sofria o baculejo, a mãe ligava de Brasília pra ter notícias e saber se tudo corria bem com todo mundo. "Te ligo depois, Fátima!!! Tô sofrendo um baculejo aqui!!". Tinha que rir de novo, né? Foi hilária a situação.
9. Surtar por completo quando tocou "Like a Prayer", única música que sei a letra inteira, sem errar. O resto eu invento. Meu inglês-embromation se sai super bem nessas horas. Sou Madonnete mas não consigo decorar letra nenhuma de música, de ninguém, nem dela. Ainda assim, fiquei afônica no dia seguinte sem saber cantar nenhuma música por inteiro. Tudo bem que boa parte foi de tanto falar.
10. Praticamente não ter tirado fotos do show, por pura e simples vontade de não perder nenhum momento. Pra que registro?? Tá tudo guardadinho nos únicos lugares que interessam: minha cabeça e meu coração.
Em poucas palavras: foi show!
Beijinhos começando um ano muito feliz com gostinho de ressaca boa de 2008.