quinta-feira, setembro 18, 2008

The Beat Goes On


Galeraaaaaaaaa, vai rolar!!!!! Deu certo, certíssimo, mais do que certo!!! Eu vou de mala-cuia-e-família pro show da diva, gente!!!!!! Sim, sim, sim. Explico.

Na tal madrugada comentada em outro post, sentei à frente do computador com o Namorado. Cada um em uma máquina. Por volta de quinze para meia-noite, conectamos na página de vendas e ficamos aguardando liberarem as vendas. Antes de uma da manhã, eu havia conseguido ir até (quase) o final. Pus os dados, preenchi os números do cartão de crédito e então apareceu uma tela dizendo:

"Processo aprovado. Aguarde a página de confirmação e a senha para retirada dos ingressos na bilheteria".

Tá bom, fiquei parada na frente do computador, quietinha, braços pra cima, respiração presa, coração na boca (não acredito, eu consegui!!!), aguardando a tal tela. Eis que então aparece outra tela:

"Erro! Sua transação não pode ser completada".

Hein??? Relô-ôu!!!! Não era nem uma da matina, gente!!! E sabem o que aconteceu?? Nun-ca-mais eu consegui acessar a página e chegar na parte de colocar o número do cartão. Fui dormir às 4 da manhã, tentando insistentemente, completamente arrasada e pedindo pra morrer. Tá bom, não pedi pra morrer porque ainda podia tentar de manhã. Acordei às 7h30 e comecei tudo de novo. Nadica de nada. A página tava mais congestionada que horário de rush em São Paulo.

Fui trabalhar parecendo um zumbi, por não ter dormido nada e, no pouco que dormi, sonhei com o ingresso. Continuei tentando nas minhas brechas e fiquei agarrada no celular, tentando por telefone. O bom é que tem rediscagem automática e eu só tinha que esperar o momento que a porcaria do call center atendesse. Beleza, atendeu umas 4 vezes durante o dia inteiro. Mandava digitar 2 pra comprar os ingressos. "Niqui" eu digitava, nun-ca-mais ninguém falava comigo. Nem a musiquinha chata de espera se manifestava. Muuuuuito menos algum vendedor. Essa Ticket for Fuck... vou te contar, viu!!

Fui dormir triste, pedindo mesmo pra morrer (de desgosto). Completamente frustrada que não tinha conseguido nem o pior dos lugares. Eu já tava quase anunciando no Mercado Livre meu interesse por comprar os ingressos. Mas aí ficou a dúvida: se a tela do computador me disse "processo aprovado", então existia o risco de ter sido debitado do cartão de crédito!!! Sim, comecei a ver uma luz no fim desse túnel.

Foi então que tive a confirmação da compra na fatura. Só não tinha ainda a garantia de que dariam a tal senha já que não tive nenhum comprovante da compra. Só restava aguardar e não cantar vitória. Ou melhor, cantar "Like a Prayer".

Até que uma semana depois, a Madrasta me acorda e lê uma nota publicada no O Globo, da empresa responsável pelas vendas, dizendo que os ingressos estariam garantidos pra quem teve o débito no cartão. Que beleza. Mas que garantia tínhamos de que iriam mesmo entrar em contato conosco como haviam prometido, em 15 dias, uma vez que a venda dos ingressos pra esse show se tornou um verdadeiro caos?? De novo só nos restava esperar. E cantar "Live to Tell" em alto e bom som, pra atrair as energias positivas e ver o tempo passar.

Aí viajo pra Teresina, fico o final de semana passado todinho fora do ar, com família, amigos e ainda num casório tudibom. Volto e tenho a feliz notícia: entraram em contato, passaram a senha e está tudo confirmado!!!!! Yeah, yeah, yeah!!!! A partir daí foi só aumentar o som de "Into the Groove" e ser feliz!!!!

Aos poucos, os amigos que ficaram na mesma situação estão avisando que também conseguiram. Sabem o que isso significa??? Que os planos iniciais de ver a diva pop com a família e os amigos, vai se concretizar. E eu vou ficar um nooooojo de gente até dezembro. Aliás, depois também. E vocês vão ter que me aguentar. Agora o negócio é berrar aos quatro ventos "I Deserve It" e sair pro abraço (da Madonna, é claro).
Vou é tratar de gravar a discografia dela todinha em MP3, além do Cd "Hard Candy" gravado umas 5 vezes inteirinho no mesmo CD, pra ouvir no repeat e chegar no show com as músicas na ponta da língua.

Beijinhos de fã-louca-e-alucinada que vai conseguir realizar um sonho. E na companhia do Namorado, do Dédi, da Madrasta, da Irmãzinha e dos amigos. Pra que melhor????

quinta-feira, setembro 11, 2008

Boring Chat Driblator Tabajaras

Em São Paulo, outubro do ano passado, a passeio pro Tim Festival, ainda sob estado de choque depois de ver o show da Björk, entramos numa livraria:

- Olha Namorado, que legal este joguinho!!!

- O que é isso?

- São cartas com questões filosóficas ou cotidianas sobre assuntos diversos.

- Tá, e pra que serve?

- Oras, pra ter sempre assunto numa roda de amigos.

- Hein???

- É!!!! Super legal!!! Tá vendo o nome: "Puxa Conversa". Quando a reunião começar a desanimar, o assunto morrer e rolarem silêncios constrangedores, a gente apela pra isso aqui. Aí pinta uma nova questão na roda e todo mundo se empolga de novo. Gostei, vou levar.

- Mayra, se tem uma coisa que você não precisa, é de algo que te dê assunto. Você sempre tem assunto.

- Tenho não. Vou levar.

- Querida... veja bem...

- Vou levar.

- Meu amor...

- Querido, e se meu repertório acabar????

- Acaba não, Mayra. Te garanto.

- Ah, tenho medo. Vai que acontece uma zica e eu perco o rebolado??? Neeeem!! Vou levar. Pode embrulhar, moça.

Pois é, comprei. E não só comprei como já usei umas duas ou três vezes. E digo mais: todo mundo ri quando saco a caixinha da bolsa e digo que vou ler uma carta pra mudar de assunto na roda. E sabem o que acontece no final das contas??? Todo mundo se anima e resolve entrar na brincadeira. Yeah, yeah. O troço é mesmo divertido.

Na mesma noite em que comprei, encontramos dois amigos em Sampa e em meio a várias cervejas, o "Puxa Conversa" entrou na história. Tudo bem que a gente já tava meio "altos" e queríamos que as perguntas fossem um pouquinho mais apimentadas e provocativas. Um dos amigos se divertiu tanto (depois de rir muito de mim quando mostrei a caixinha e contei do que se tratava) que no dia seguinte foi lá e comprou um igualzinho pra ele. Viram só? Mayra criando tendências... hehehe.

A brincadeira foi criada nos Estados Unidos e terminou tendo as perguntas "traduzidas". Talvez por isso tenham tantas questões voltadas pra religião, existencialismo e tals. Tá, confesso que tem umas perguntas meio chatas que a gente "pula" pra próxima. Eu bem que pensei em criar uma versão brasileira temática, sobre sexo:
- Você cospe ou engole? Quantas posições do Kama Sutra já experimentou? Grande ou pequeno, fino ou grosso? Lado A ou lado B?

Ih, depois de umas cervejas, ia deixar o Jogo da Verdade no chinelo. E pra não deixar vocês tão curiosos, vou transcrever algumas das perguntinhas do jogo aqui. E quem quiser, sinta-se à vontade pra responder. Afinal, a proposta não é brincar com os amigos??? Vamos lá.
1) Em que enrascada você se meteu quando era mais novo? Aos 15 anos, fui a infeliz responsável por mandar fazer as camisetas da gincana da minha turma na escola e consegui ter minha carteira batida em plena Rodoviária do Plano Piloto, com o dinheiro de todo mundo. Babau. Na época equivalia a uns 3 salários mínimos. Só não apanhei do povo porque tive jogo de cintura pra resolver o problema e a ajuda dos meus pais.

2) Se você ganhasse ingressos na primeira fila para qualquer show, quem iria querer ver?? Gente, preciso mesmo responder essa???

3) Se você escolhesse ser cremado, onde gostaria que suas cinzas fossem espalhadas? Pelas ruas de Brasília através da janela de uma Kombi vermelha e branca. Nossa, ia ser lindo.

4) Com que celebridade dizem que você se parece? Já tive meus momentos de Leda Nagle e de Liza Minelli. Agora que o cabelo cresceu, pareço comigo mesma...

5) Do que você mais gosta da ceia de Natal? Dos presentes. Detesto Natal e a ceia também. Acho horrível aquela comida seca de arroz-peru-e-farofa. Sempre peço pra mamãe fazer um feijãozinho pra ver se rola uma umidade.

6) Que pergunta você faria a Deus? De onde eu vim, moço???

Diz aí, minha versão temática não ia ser beeeem mais legal?? Vou pensar seriamente nesta idéia...
Beijinhos de mulher que adooooora "puxar uma conversa".

terça-feira, setembro 02, 2008

Tocada pela primeira vez


Tudo começou quando o primeiro videocassete lá de casa chegou de Manaus, encomendado por papai. Daqueles que o compartimento da fita abria por cima, parecendo o pescoço do E.T. quando se esticava. Aliás, por falar nisso, lembro bem que esse foi o primeiro filme alugado na locadora. Cinema em casa e com filme personalizado. Sucesso total.

Papai logo entrou na onda de gravar programas, filmes e tudo mais que pudesse ser legal de se ter em casa. Era todo organizadinho. Fez até uma fichinha amarela, batida à máquina Olivetti, com o passo-a-passo de como fazer o aparelho funcionar. Tudo pra que eu pudesse interagir com a nova tecnologia.

As fitas VHS eram todas etiquetadas: Filmes, Jornalismo, Clipes e Fita de Serviço (que servia pra todo o resto que poderia ser desgravado depois). À época eu dançava jazz, a dança do momento. Década de 80, né galera!!! E adorava pegar minha fichinha amarela, seguir as instruções e colocar a fita de clipes pra assistir e dançar na frente da TV. Eu ficava imitando os passos de dança dos artistas pra me apresentar pros meus pais mais tarde, quando chegavam mooortos de cansados do trabalho. Assistiam às minhas apresentações bocejando, mas assistiam. Até o dia em que papai gravou um certo show da Madonna... Like a Virgin.
Eu tinha uns 8 pra 9 anos e me encontrei. Foi "paixão a primeira ouvida". Juro. Simplesmente, eu aprendi a fazer to-da-a-co-reo-gra-fia dela no tal show. Depois de semanas de muito ensaio e apresentações pra mamãe, consegui convencê-la a me levar ao Programa do Cacareco, um palhaço (palhaço mesmo, tá gente?) que apresentava um programa infantil local aqui de Brasília. Sim, eu queria me apresentar lá, numa espécie de "show de calouros" que rolava e distribuía brindes pras crianças corajosas como eu. E eu fui.

É verdade. Descobrimos que o programa estava sendo gravado ao vivo do Park Shopping, numa dessas promoções que fazem pra atrair público pras compras. Mamãe me levou e eu consegui pagar o maior (e melhor) mico da minha vida: não só me apresentei dançando Like a Virgin (que levei numa fita cassete, gravada do meu vinil por papai), moleca de tudo, vestida a caráter (figurino by mamis) e cantando em playback, aparecendo na televisão, como também fui atração pros passantes do shopping que paravam pra olhar as crianças alucinadas que por lá se aventuravam. Tipo assim... eu. Ganhei um bonequinho de plástico horroroso que apitava quando tinha a barriga pressionada. E daí? Eu queria mesmo era mostrar meu talento e consegui. Além de ajudar a espalhar pelo mundo a música da Material Girl. Tarefa cumprida!

Papai chegou a gravar no nosso videocassete a minha apresentação no Cacareco. Até hoje não sei o paradeiro dessa fita. Juro que queria encontrar. Afinal, este é o registro puro-e-simples, da minha paixão pela diva.

E agora, 22 anos depois, ela continua sendo a melhor, a "The Best", a rainha pop, a tudodebomnessavida, na minha opinião, é claro. E tá vindo pro Brasil!!!!!! Não pude ir ao show de 15 anos atrás e, pelo visto, vou ter que esperar mais 15 pra poder vê-la. Tudo porque não consegui os ingressos depois de uma noite mal dormida por estar em frente ao computador e muita, mas muita dor de cabeça com o site e o call center congestionados. Íamos de família: pai, madrasta, irmãzinha e namorado. Seria lindo se tivesse sido possível.

Até agora minha ficha de que deu tudo errado não caiu. Vejam bem. Estou falando neste show há quase um ano, quando ainda circulava o boato de que ela faria um mega-show no Central Park, em Nova Iorque, pra celebrar seus 50 anos, e de graça. Enlouqueci com isso. Corri atrás de visto pros Estados Unidos, comecei a ver preço de passagens, guardar dinheiro... e aí me sai a divulgação da turnê do Sticky and Sweet. Ela decidiu passar o aniversário em Londres mas confirmou passagem pela América Latina.

Bem aí eu já tava certa de que iria bater no México ou na Guiana, se preciso. Iria vê-la, se não viesse ao Brasil, em qualquer outro lugar. E num é que a danada confirmou a vinda? Parecia um sonho, um presente. E ele quase se tornou realidade. Aquela menininha de nove anos, dançando Like a Virgin continua existindo, registrada numa fita VHS, e virou mulher-super-mega-plus-fã.

Tudo bem. Eu já me conformei. Não sei por que, mas estou com a forte sensação de que até dezembro, data dos shows, algum milagre ou providência divina irá acontecer e eu estarei lá, de frente pra diva, cantando aos berros (com lágrimas escorrendo, tenho certeza), "Yeah, you made me feeeel shiny and neeeeeew"!!!!!! Afinal, a esperança tem que existir, não é mesmo??

E se não rolar, a gente junta a galera, assiste ao show no Multishow e tenta ser feliz do mesmo jeito. Morrer, ninguém vai por conta disso. Só de raiva e frustração. Mas logo passa. Ou pelo menos eu espero que passe...

Beijinhos de menina-mulher-fã ainda tentando uma lugar ao sol do Maracanã ou do Morumbi.