quinta-feira, dezembro 18, 2008

TPM - Tensão Pré-Madonna


Pega a mala guardada no armário, mas pega a pequena, Mayra, são só três dias. Abre a dita cuja em cima da cama.

Isso. Aí coloca umas três peças de roupas pretas, básicas, pensando agora no que é que vai combinar com isso. Joga umas 5 blusas coloridas e mais duas pretas.

Pára, corre pro computador e abre na página do Climatempo. Hum... Previsão de chuva nos próximos 5 dias em São Paulo. Melhor não brincar.

Acrescenta aí umas duas blusas de manga comprida, um lenço bacana pro pescoço e um, eu disse só um, casaco legal. Ótimo.

Joga aquela sua bota mega-confortável e uma sandália, ambas pretas, e embala. Lembra do chinelo, você odeia acordar de manhã e pisar descalça no chão frio. Além do que, pode comprometer sua voz e te impedir de cantar em alto e bom som "Just like a prayer, no choice your voice can take me there"...

Vai ao banheiro, pega a frasqueira e coloca xampu, condicionador, sabonete, escova de dente, pasta, fio dental, leave in, hidrante. Ah, não esquece do filtro solar pro rosto, FPS 45. Dizem que em Sampa os raios solares misturados com a poluição podem mofar a sua pele, acredite. Eu não arriscaria.

Volta pra mala e coloca o saquinho com meias e calcinhas. E já que tá levando uma bota e indo ver a diva, custa nada levar uma meia-arrastão. Vai que a musa pop incorpora em você no dia da balada e já sai por aí arrasando (ou seria "arrastando"?).

Não, Mayra, não precisa levar o laço de filó pra amarrar na cabeça. Isso é coisa de quando ela bombava nos anos 80. Vai ficar parecendo a Viúva Porcina. Deleta a idéia, de-fi-ni-ti-va-men-te. E nem inventa também de querer aparecer no Morumbi de colant rosa e meia calça. Isso é pra ela e aquele corpitcho sarado, com todo o respeito, gata.

Volta pro banheiro e empacota o secador de cabelos. Como assim não vai levar porque tem no hotel? E se não tiver? Leva sim. Você nunca sabe como seu cabelo vai se comportar naquela terra. Afinal, só chove por lá, senão por que chamariam de "Terra da Garoa"? Depois sai parecendo um porco-espinho na rua e não sabe o motivo.

Dá um gole na taça de vinho que tua mãe ofereceu pra relaxar. Você tá muito tensa com esse show há uma semana. Vai dar tudo certo. Vai, dá o gole, criatura!

Falar nisso, não esqueça do ingresso. Não!! Põe na mala não, tá doida? Vai que ela extravia com teu passaporte da alegria dentro? Ele vai com você, dentro da bolsa, agarrado no peito. Isso, bem guardadinho. Affe..., minha pressão até baixou agora, só de pensar.

Pega a pochete que você comprou há três meses só pra levar pra esse show. Tá, Mayra, não é pochete, é cartucheira! Whatever!!! Ninguém merece ficar carregando bolsa a tiracolo, né? E não esquece da carteira pequena pra esse tipo de evento. Muito bem, boa garota.

E a capa de chuva?? Você tá ligada que vai ter que comprar uma quando chegar lá, né? Viu o que aconteceu no show do Rio!!! O que, não me diz, você já tem a capa? E é transparente??? Ai, fico tão orgulhosa de você ser assim, tão precavida, amiga. Que danadinha, gente!

Pra fechar, checa aí se estão a identidade, a carteira de estudante e o cartão de crédito. São Paulo é uma tentação e a gente sempre arruma coisa bacana pra comprar. Tá, já sei que não vai ter tempo pra isso, mas vai que você esbarra com uma blusa leeeeiiindaa assim, dando sopa no meio da faixa de pedestre da Avenida Paulista? Assim, tipo tropeça nela, hein, hein, hein?? É todo dia que isso acontece não.

Agora vai, gata, "ahaza", se diverte horrores e se joga, mas com moderação. Lembre que a Madonna pode fazer seus dois discos aí da coluna tocarem, mas você vai lembrar direitinho destas hérnias se não se controlar. Ok, eu sei que você não vai se controlar e que já disse que volta de cadeira de rodas mas que não vai deixar de aproveitar esse evento por nada!!!! Hã? Vai se rasgar toda quando ela entrar no palco??? Menos, né Mayra!!! Menos... Ok, ok... se rasga então. Vou fazer o que???

Boa viagem, amiga. Se cuida! E conta tudo quando voltar, tá? Beijos!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Muda o disco!


Tô lá eu deitada no tubo que faz a ressonância magnética, quietinha, pensando: "Nossa, Mayra, você nunca ficou tão parada em toda a sua vida...".

Tô lá eu com uns headfones pra proteger do barulho que me faziam parecer a Princesa Léia sentindo o ouvido coçar mas usando o poder da mente pra sublimar esse incômodo.

Tô lá eu estática, concentradíssima, para que nenhum movimento fosse feito a não ser o da barriga, que subia e descia, porque - afinal de contas - eu tinha que respirar.

Então ouço uma voz vinda do além: "Maaaayra, você tá me ouvindo? Tá tudo bem aí?".

"Deus, é você? Tô te ouvindo sim!", pensei. Na dúvida, respondi em alto e bom som: "Hein?". Então percebo que não era uma voz vinda do além, mas do técnico que estava aplicando meu exame.

"Mayra, você está se mexendo muito. Pode ficar quietinha, por favor?". Ah, peraí!!! Como assim tô me mexendo muito? Você nunca me viu me mexendo muito...

"Só se eu parar de respirar, porque só minha barriga tá mexendo aqui, moço!", gritei.

Foi aí que percebi que eu não precisava gritar, ele me ouvia normalmente. Acho que aqueles headfones me fizeram sentir dentro do saudoso Domingo no Parque e me vi fazendo "Siiiiiiim, quero trocar esse exame por uma faca sem ponta!!". E aí ouvi:

"Então pára um pouquinho de respirar, senão o exame não vai dar certo".

Ah tá. Além de entrevada, vou ficar roxa agora. Prendi a respiração, contei até dez e tentei soltar devagar, lembrando das orientações da RPGista: "Mayra, tire todo o ar do pulmão e transfira-o vagarosamente pra região abdominal, até seu bucho encher por completo". (Aí eu pergunto: que mulher, em sã consciência, consegue ver o próprio bucho estufando por livre e espontânea vontade? Sem querer, sempre me auto-sabotei nesse exercício).

Mas já que eu tava sozinha naquele tubão da ressonância, pude ter uma breve amostra de como seria Mayra grávida. Não gostei, pra falar a verdade. Ainda mais vendo a cena da horizontal. De repente, não mais que de repente, meus pés sumiram e só um bucho surgiu no horizonte. Bem melhor sem ele. Aliás, muito melhor.

O resultado do exame? Duas hérnias de disco e um ligamento rompido na lombar. Chora não, porque eu não chorei. Tem que correr atrás (sentido conotativo, tá gente?) e peregrinar por alguns neurocirurgiões, ouvir a sentença, seja ela qual for. E, tenho certeza, ainda me mandarão voltar praquele tubo algumas vezes. A outra certeza: vou terminar brigando com "Deus" numa dessas por ser adulta hiperativa. Era só o que me faltava mesmo...

Beijinhos de quem tá com os discos arranhados e sem música pra tocar ou dançar.

sexta-feira, outubro 24, 2008

A seguir cenas do próximo capítulo

Rapaz, essa coisa de continuação de filme não acaba nunca, não?? Affe!!!

É um tal de Rock 1, 2, 3, 4. Sexta-Feira 13 167, 168 e 169. O Homem-Aranha já vai pro 4. Batman até já perdi a conta, porque muda o diretor aí muda também a numeração. Tão dizendo por aí que o Homem de Ferro 2 já tá em andamento. Será uma crise generalizada de criatividade???

Bom, serei um pouco menos radical. Em relação aos personagens de histórias em quadrinhos, eu até entendo. Melhor, até incentivo, pois são muitas as histórias e não teriam filmes suficientes pra ilustrá-las. Mas e quando não são dos gibis, coméquifáiz?

Desde que o mundo é mundo e que o cinema existe, as continuações fazem parte da história da sétima arte. Mas tem coisa que eu, honestamente, não entendo. Li esses dias que roteiristas estão trabalhando numa continuação do Blade Runner. Isso mesmo, o famoso Caçador de Andróides, de Ridley Scott. Agora o mais interessante: a continuação não tem participação nenhuma do diretor e dois empolgados estão animadíssimos com a idéia. Peraí, né?? Tanta coisa já cercou esse filme que arriscar uma continuação seria motivo pra medo, muito medo. Primeiro o diretor achou de declarar publicamente, quase 20 anos depois de fazer o filme, que o detetive vivido por Harrison Ford também era um replicante. Sendo assim, qual o problema de se apaixonar pela andróide Rachael, interpretada por Sean Young, não é mesmo? Ok. O filme foi considerado "muito difícil" pelos produtores que mandaram que fizessem um arremate no final, com uma narração de Ford meio que ajudando o espectador a entender a parada. Beleza. Não satisfeito, Ridley Scott vai e lança, anos depois, a "versão do diretor", sem cortes e sem a narração explicativa. Então chegam duas criaturas-sem-ter-mais-o-que-fazer e decidem que o filme merece uma continuação. Que continuação, gente??? De uma coisa que o povo nem entendeu direito até hoje?? Ah não!!! Primeiro vamos explicar bem direitinho, né???

Mas não é só de filme noir que as continuações sobrevivem. Bill Murray já andou comentando por aí que vai rolar um Caça-Fantasmas 3. Que tal??? Gente, eu amei esse filme quando criança. Será que vai dar mesmo certo? Os caras se desentenderam durante as filmagens do segundo filme e não se dão muito bem até hoje, segundo dizem as más línguas. Ghostbusters já virou jogo de videogame, seriado e novela. Será que vinga uma outra continuação ou já saturou?? Isso me cheira à coisa parecida com o que rolou com o Indiana Jones. É porque a gente gosta mesmo de falar mal, né? Tava todo mundo com medo do que viria e o quarto filme da seqüência terminou surpreendendo o público. Afinal, o arqueólogo sessentão foi poupado, manteve-se a ironia do personagem e ainda inventaram um filho pra provar que ele tá mesmo velho. E eu achei tão legal que vi o filme duas vezes. E aí, vai encarar??

Agora, quero só ver Bil Murray e Dan Akroyd eliminando fantasmas e correndo de bonecos gigantes de marshmallow nos dias de hoje. E olha que eu acho que esses dois já passaram dos 60, hein??? Vai ser, no mínimo, muito engraçado. Vai ver, é isso mesmo o que eles querem, né? Esperemos pra ver.

Beijinhos amedrontados com o que vem por aí.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Adivinhe quem vem para o jantar!!!


Indo pra um evento no Museu Nacional da República, às 11h da manhã de uma quarta-feira, ligo pra uma amiga pra avisar e então ela me diz:

- Querida, infelizmente não poderei ir. Mas olha, bom você saber que tá confirmada a presença do Lula.

- Do Lula? Jura? Ah não, sério? Lascou!

Sim, acho que no país todo as pessoas devem achar o máximo ir a um evento com a presença do Presidente da República. Longe de mim achar ruim, mas acho também que só aqui em Brasília costumamos relacionar isso a alguns fatores que certamente irão acontecer:

1. Atraso no evento por conta do cerimonial da Presidência e da vinda do Excelentíssimo que deverá ser esperada até o último momento, como prevê o protocolo;

2. Congestionamento ou na ida ou na volta. Ou até mesmo, em ambos. Já que quando se fala na palavra "Presidente da República" em um evento, aparecem os "amostrados" de plantão que não podem perder a chance de querer aparecer. E aí, meu amigo, pode contar com uma quantidade inesperada de carros se dirigindo pro local.

3. Falatório-sem-fim não só do Lula, mas também de todos os presentes que aproveitam a deixa pra dar um recado perante a autoridade maior do país. Afinal, o "homem" tá lá te ouvindo, né???

Dito e feito. Cheguei ao evento, na hora marcada junto com uma amiga. Nos sentamos e esperamos por UMA HORA o início da solenidade. Deu meio-dia, sol de rachar o coco do lado de fora, umidade (ou melhor, a falta dela) beirando os 20%, horário do almoço se aproximando e... nada do Lula chegar. Consequentemente, nada do evento começar.

Uma hora e meia depois não dava pra esperar mais, já que eu entraria no trabalho às 13h e ainda tinha que comer alguma coisa.

Entramos no carro e pra minha grata surpresa, um congestionamento-miojo se formou à minha volta: "ficou pronto em três minutos!". Pronto. Nada melhor do que estar dentro do "Negão", vulgo meu carro, que é preto por fora e preto por dentro, num calor de cozinhar os miolos. Praticamente um forno de microondas ambulante.

- Ei, você aí da frente, no carro do Corpo Diplomático!!! Pode ir um pouquinho só pra frente pra que eu possa manobrar??

- Hein??? Rola não, ó.

- Ei, você aí de trás, dá uma rézinha que aí a gente consegue sair pela lateral.

- Hein??? Neeem!!

Tão bom quando as pessoas não cooperam, né?? Que ódio!!! E de repente, não mais que de repente, as pessoas começam a sair de seus carros. Então descobre-se que uma van era a culpada de tudo. Pra completar, a notícia de que "o motorista do Ministro disse que não vai sair dali porque chegou primeiro" começou a se espalhar. Os ânimos foram se exaltando, o calor aumentando... Não resisti e gritei da janela do meu carro:

- Ministro? Qual Ministro???? De que pasta???

Jornalista é fogo, já quer informações pra que a coisa vire logo notícia... então minha amiga sai do Negão e se encaminha com seu "corpo literalmente diplomático" e fala com cada um dos motoristas envolvidos no evento. Prontinho. A van sucumbe, dá ré, joga o carro pra lado e todo mundo começa a se movimentar decentemente. Conseguimos chegar sãs e salvas ao restaurante, embora um pouquinho derretidas e preguentas de suor.

Se o Lula chegou, eu nunca soube. Se falou, muito menos. Sem querer ser chata ou esnobe, mas que a gente solta um bom "Putz!" quando sabe que ele vai aparecer em algum evento, isso realmente rola. E nem é culpa dele, na maior parte das vezes, mas do aparato que se monta por conta disso. Fazer o que?? Só me resta me conformar por morar na capital do país e, depois de tudo isso, ter que parar na faixa de pedestres pros Dragões da Independência atravessarem, a caminho do trabalho. Definitivamente, isso é muito Brasília!!!

Beijinhos de uma brasiliense agoniada e conformada.

quinta-feira, setembro 18, 2008

The Beat Goes On


Galeraaaaaaaaa, vai rolar!!!!! Deu certo, certíssimo, mais do que certo!!! Eu vou de mala-cuia-e-família pro show da diva, gente!!!!!! Sim, sim, sim. Explico.

Na tal madrugada comentada em outro post, sentei à frente do computador com o Namorado. Cada um em uma máquina. Por volta de quinze para meia-noite, conectamos na página de vendas e ficamos aguardando liberarem as vendas. Antes de uma da manhã, eu havia conseguido ir até (quase) o final. Pus os dados, preenchi os números do cartão de crédito e então apareceu uma tela dizendo:

"Processo aprovado. Aguarde a página de confirmação e a senha para retirada dos ingressos na bilheteria".

Tá bom, fiquei parada na frente do computador, quietinha, braços pra cima, respiração presa, coração na boca (não acredito, eu consegui!!!), aguardando a tal tela. Eis que então aparece outra tela:

"Erro! Sua transação não pode ser completada".

Hein??? Relô-ôu!!!! Não era nem uma da matina, gente!!! E sabem o que aconteceu?? Nun-ca-mais eu consegui acessar a página e chegar na parte de colocar o número do cartão. Fui dormir às 4 da manhã, tentando insistentemente, completamente arrasada e pedindo pra morrer. Tá bom, não pedi pra morrer porque ainda podia tentar de manhã. Acordei às 7h30 e comecei tudo de novo. Nadica de nada. A página tava mais congestionada que horário de rush em São Paulo.

Fui trabalhar parecendo um zumbi, por não ter dormido nada e, no pouco que dormi, sonhei com o ingresso. Continuei tentando nas minhas brechas e fiquei agarrada no celular, tentando por telefone. O bom é que tem rediscagem automática e eu só tinha que esperar o momento que a porcaria do call center atendesse. Beleza, atendeu umas 4 vezes durante o dia inteiro. Mandava digitar 2 pra comprar os ingressos. "Niqui" eu digitava, nun-ca-mais ninguém falava comigo. Nem a musiquinha chata de espera se manifestava. Muuuuuito menos algum vendedor. Essa Ticket for Fuck... vou te contar, viu!!

Fui dormir triste, pedindo mesmo pra morrer (de desgosto). Completamente frustrada que não tinha conseguido nem o pior dos lugares. Eu já tava quase anunciando no Mercado Livre meu interesse por comprar os ingressos. Mas aí ficou a dúvida: se a tela do computador me disse "processo aprovado", então existia o risco de ter sido debitado do cartão de crédito!!! Sim, comecei a ver uma luz no fim desse túnel.

Foi então que tive a confirmação da compra na fatura. Só não tinha ainda a garantia de que dariam a tal senha já que não tive nenhum comprovante da compra. Só restava aguardar e não cantar vitória. Ou melhor, cantar "Like a Prayer".

Até que uma semana depois, a Madrasta me acorda e lê uma nota publicada no O Globo, da empresa responsável pelas vendas, dizendo que os ingressos estariam garantidos pra quem teve o débito no cartão. Que beleza. Mas que garantia tínhamos de que iriam mesmo entrar em contato conosco como haviam prometido, em 15 dias, uma vez que a venda dos ingressos pra esse show se tornou um verdadeiro caos?? De novo só nos restava esperar. E cantar "Live to Tell" em alto e bom som, pra atrair as energias positivas e ver o tempo passar.

Aí viajo pra Teresina, fico o final de semana passado todinho fora do ar, com família, amigos e ainda num casório tudibom. Volto e tenho a feliz notícia: entraram em contato, passaram a senha e está tudo confirmado!!!!! Yeah, yeah, yeah!!!! A partir daí foi só aumentar o som de "Into the Groove" e ser feliz!!!!

Aos poucos, os amigos que ficaram na mesma situação estão avisando que também conseguiram. Sabem o que isso significa??? Que os planos iniciais de ver a diva pop com a família e os amigos, vai se concretizar. E eu vou ficar um nooooojo de gente até dezembro. Aliás, depois também. E vocês vão ter que me aguentar. Agora o negócio é berrar aos quatro ventos "I Deserve It" e sair pro abraço (da Madonna, é claro).
Vou é tratar de gravar a discografia dela todinha em MP3, além do Cd "Hard Candy" gravado umas 5 vezes inteirinho no mesmo CD, pra ouvir no repeat e chegar no show com as músicas na ponta da língua.

Beijinhos de fã-louca-e-alucinada que vai conseguir realizar um sonho. E na companhia do Namorado, do Dédi, da Madrasta, da Irmãzinha e dos amigos. Pra que melhor????

quinta-feira, setembro 11, 2008

Boring Chat Driblator Tabajaras

Em São Paulo, outubro do ano passado, a passeio pro Tim Festival, ainda sob estado de choque depois de ver o show da Björk, entramos numa livraria:

- Olha Namorado, que legal este joguinho!!!

- O que é isso?

- São cartas com questões filosóficas ou cotidianas sobre assuntos diversos.

- Tá, e pra que serve?

- Oras, pra ter sempre assunto numa roda de amigos.

- Hein???

- É!!!! Super legal!!! Tá vendo o nome: "Puxa Conversa". Quando a reunião começar a desanimar, o assunto morrer e rolarem silêncios constrangedores, a gente apela pra isso aqui. Aí pinta uma nova questão na roda e todo mundo se empolga de novo. Gostei, vou levar.

- Mayra, se tem uma coisa que você não precisa, é de algo que te dê assunto. Você sempre tem assunto.

- Tenho não. Vou levar.

- Querida... veja bem...

- Vou levar.

- Meu amor...

- Querido, e se meu repertório acabar????

- Acaba não, Mayra. Te garanto.

- Ah, tenho medo. Vai que acontece uma zica e eu perco o rebolado??? Neeeem!! Vou levar. Pode embrulhar, moça.

Pois é, comprei. E não só comprei como já usei umas duas ou três vezes. E digo mais: todo mundo ri quando saco a caixinha da bolsa e digo que vou ler uma carta pra mudar de assunto na roda. E sabem o que acontece no final das contas??? Todo mundo se anima e resolve entrar na brincadeira. Yeah, yeah. O troço é mesmo divertido.

Na mesma noite em que comprei, encontramos dois amigos em Sampa e em meio a várias cervejas, o "Puxa Conversa" entrou na história. Tudo bem que a gente já tava meio "altos" e queríamos que as perguntas fossem um pouquinho mais apimentadas e provocativas. Um dos amigos se divertiu tanto (depois de rir muito de mim quando mostrei a caixinha e contei do que se tratava) que no dia seguinte foi lá e comprou um igualzinho pra ele. Viram só? Mayra criando tendências... hehehe.

A brincadeira foi criada nos Estados Unidos e terminou tendo as perguntas "traduzidas". Talvez por isso tenham tantas questões voltadas pra religião, existencialismo e tals. Tá, confesso que tem umas perguntas meio chatas que a gente "pula" pra próxima. Eu bem que pensei em criar uma versão brasileira temática, sobre sexo:
- Você cospe ou engole? Quantas posições do Kama Sutra já experimentou? Grande ou pequeno, fino ou grosso? Lado A ou lado B?

Ih, depois de umas cervejas, ia deixar o Jogo da Verdade no chinelo. E pra não deixar vocês tão curiosos, vou transcrever algumas das perguntinhas do jogo aqui. E quem quiser, sinta-se à vontade pra responder. Afinal, a proposta não é brincar com os amigos??? Vamos lá.
1) Em que enrascada você se meteu quando era mais novo? Aos 15 anos, fui a infeliz responsável por mandar fazer as camisetas da gincana da minha turma na escola e consegui ter minha carteira batida em plena Rodoviária do Plano Piloto, com o dinheiro de todo mundo. Babau. Na época equivalia a uns 3 salários mínimos. Só não apanhei do povo porque tive jogo de cintura pra resolver o problema e a ajuda dos meus pais.

2) Se você ganhasse ingressos na primeira fila para qualquer show, quem iria querer ver?? Gente, preciso mesmo responder essa???

3) Se você escolhesse ser cremado, onde gostaria que suas cinzas fossem espalhadas? Pelas ruas de Brasília através da janela de uma Kombi vermelha e branca. Nossa, ia ser lindo.

4) Com que celebridade dizem que você se parece? Já tive meus momentos de Leda Nagle e de Liza Minelli. Agora que o cabelo cresceu, pareço comigo mesma...

5) Do que você mais gosta da ceia de Natal? Dos presentes. Detesto Natal e a ceia também. Acho horrível aquela comida seca de arroz-peru-e-farofa. Sempre peço pra mamãe fazer um feijãozinho pra ver se rola uma umidade.

6) Que pergunta você faria a Deus? De onde eu vim, moço???

Diz aí, minha versão temática não ia ser beeeem mais legal?? Vou pensar seriamente nesta idéia...
Beijinhos de mulher que adooooora "puxar uma conversa".

terça-feira, setembro 02, 2008

Tocada pela primeira vez


Tudo começou quando o primeiro videocassete lá de casa chegou de Manaus, encomendado por papai. Daqueles que o compartimento da fita abria por cima, parecendo o pescoço do E.T. quando se esticava. Aliás, por falar nisso, lembro bem que esse foi o primeiro filme alugado na locadora. Cinema em casa e com filme personalizado. Sucesso total.

Papai logo entrou na onda de gravar programas, filmes e tudo mais que pudesse ser legal de se ter em casa. Era todo organizadinho. Fez até uma fichinha amarela, batida à máquina Olivetti, com o passo-a-passo de como fazer o aparelho funcionar. Tudo pra que eu pudesse interagir com a nova tecnologia.

As fitas VHS eram todas etiquetadas: Filmes, Jornalismo, Clipes e Fita de Serviço (que servia pra todo o resto que poderia ser desgravado depois). À época eu dançava jazz, a dança do momento. Década de 80, né galera!!! E adorava pegar minha fichinha amarela, seguir as instruções e colocar a fita de clipes pra assistir e dançar na frente da TV. Eu ficava imitando os passos de dança dos artistas pra me apresentar pros meus pais mais tarde, quando chegavam mooortos de cansados do trabalho. Assistiam às minhas apresentações bocejando, mas assistiam. Até o dia em que papai gravou um certo show da Madonna... Like a Virgin.
Eu tinha uns 8 pra 9 anos e me encontrei. Foi "paixão a primeira ouvida". Juro. Simplesmente, eu aprendi a fazer to-da-a-co-reo-gra-fia dela no tal show. Depois de semanas de muito ensaio e apresentações pra mamãe, consegui convencê-la a me levar ao Programa do Cacareco, um palhaço (palhaço mesmo, tá gente?) que apresentava um programa infantil local aqui de Brasília. Sim, eu queria me apresentar lá, numa espécie de "show de calouros" que rolava e distribuía brindes pras crianças corajosas como eu. E eu fui.

É verdade. Descobrimos que o programa estava sendo gravado ao vivo do Park Shopping, numa dessas promoções que fazem pra atrair público pras compras. Mamãe me levou e eu consegui pagar o maior (e melhor) mico da minha vida: não só me apresentei dançando Like a Virgin (que levei numa fita cassete, gravada do meu vinil por papai), moleca de tudo, vestida a caráter (figurino by mamis) e cantando em playback, aparecendo na televisão, como também fui atração pros passantes do shopping que paravam pra olhar as crianças alucinadas que por lá se aventuravam. Tipo assim... eu. Ganhei um bonequinho de plástico horroroso que apitava quando tinha a barriga pressionada. E daí? Eu queria mesmo era mostrar meu talento e consegui. Além de ajudar a espalhar pelo mundo a música da Material Girl. Tarefa cumprida!

Papai chegou a gravar no nosso videocassete a minha apresentação no Cacareco. Até hoje não sei o paradeiro dessa fita. Juro que queria encontrar. Afinal, este é o registro puro-e-simples, da minha paixão pela diva.

E agora, 22 anos depois, ela continua sendo a melhor, a "The Best", a rainha pop, a tudodebomnessavida, na minha opinião, é claro. E tá vindo pro Brasil!!!!!! Não pude ir ao show de 15 anos atrás e, pelo visto, vou ter que esperar mais 15 pra poder vê-la. Tudo porque não consegui os ingressos depois de uma noite mal dormida por estar em frente ao computador e muita, mas muita dor de cabeça com o site e o call center congestionados. Íamos de família: pai, madrasta, irmãzinha e namorado. Seria lindo se tivesse sido possível.

Até agora minha ficha de que deu tudo errado não caiu. Vejam bem. Estou falando neste show há quase um ano, quando ainda circulava o boato de que ela faria um mega-show no Central Park, em Nova Iorque, pra celebrar seus 50 anos, e de graça. Enlouqueci com isso. Corri atrás de visto pros Estados Unidos, comecei a ver preço de passagens, guardar dinheiro... e aí me sai a divulgação da turnê do Sticky and Sweet. Ela decidiu passar o aniversário em Londres mas confirmou passagem pela América Latina.

Bem aí eu já tava certa de que iria bater no México ou na Guiana, se preciso. Iria vê-la, se não viesse ao Brasil, em qualquer outro lugar. E num é que a danada confirmou a vinda? Parecia um sonho, um presente. E ele quase se tornou realidade. Aquela menininha de nove anos, dançando Like a Virgin continua existindo, registrada numa fita VHS, e virou mulher-super-mega-plus-fã.

Tudo bem. Eu já me conformei. Não sei por que, mas estou com a forte sensação de que até dezembro, data dos shows, algum milagre ou providência divina irá acontecer e eu estarei lá, de frente pra diva, cantando aos berros (com lágrimas escorrendo, tenho certeza), "Yeah, you made me feeeel shiny and neeeeeew"!!!!!! Afinal, a esperança tem que existir, não é mesmo??

E se não rolar, a gente junta a galera, assiste ao show no Multishow e tenta ser feliz do mesmo jeito. Morrer, ninguém vai por conta disso. Só de raiva e frustração. Mas logo passa. Ou pelo menos eu espero que passe...

Beijinhos de menina-mulher-fã ainda tentando uma lugar ao sol do Maracanã ou do Morumbi.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Vivendo de amor e de brisa


Começaram me dizendo, cinco anos atrás, que eu tinha intolerância à lactose. Tá, tudo bem. Sofri feito um bebê desmamado. Tiraram meu leitinho, meu queijinho, meu chocolatinho, minha lasanhazinha, meu misto-quentezinho, meu iogurtinho... A pessoa tem um blog chamado Milk Shake e nem leite pode tomar. Ok.

Passei um ano a pão e água, praticamente. Quando saía com os amigos, tinha que fazer um rango antes, porque - vou te dizer, viu! - encontrar comidinhas na rua sem lactose não é lá muito fácil. Mas me adaptei e adotei a soja como quem adota um filho. Meu café-com-leite matinal estava garantido. Beleza. Se antes eu já gostava de passear em supermercados, desde então eu me tornei uma leitora de rótulos de embalagens mais compulsiva e atenta. Frases como "contém traços de leite", "contém soro de leite em pó", "contém gordura anidra de leite", passaram a fazer parte do meu vocabulário de consumidora seletiva. Até ir descobrindo, um a um, os produtos que me eram permitidos. E por aí você já pensa no que se tornou minha vida naquele período.

Um convite pra jantar na casa de alguém era sempre uma tensão. E agora? Janto antes e "belisco" na casa da visita pra não fazer feio? Ou me passo por mulher-fresca-de-alimentação-restritiva e digo logo o que é que tá pegando? Até porque, vou contar aqui, eu não sou chata pra comer. Tenho lá minhas preferências e rejeições, mas fome eu não passo mesmo. Sem contar que eu sou uma pessoa deveras curiosa quando o assunto é comida. Adoro experimentar coisas novas, diferentes e esquisitas.

Os anos passaram-se sem derivados do leite. Aos poucos, fui voltando a comer um queijinho aqui, um leitinho com 10% de lactose ali e ia acertando as quantidades na tentativa-e-erro. Assim: comia um pedaço, dois... se no terceiro eu vomitasse, entendia que não podia passar dali. Tranquilo. E assim fui vivendo. Até descobrir um remedinho porreta, receitado pela gastro: pílulas de lactase, que eu chamo carinhosamente de "cápsulas da felicidade". São enzimas que meu corpo não processa, em forma de comprimidos, e que me ajudam nas saias justas de jantares, eventos ou, até mesmo, daquela lasanha preferida e com gosto de infância que a mamãe faz. E assim, fui seguindo (quase) feliz por uns três anos.

Eis que então percebo que a soja começa a me causar reações estranhas: náuseas, gases, azia e sensação de inchaço. Volto ao médico e ouço: "Mayra, você deve estar tendo reação cruzada". What??? Is it a joke??? De piada não tinha nada. Descubro então que a soja não é ruim pra mim, é péssima. Tipo arqui-inimiga, sabe? Aí lá vou eu pesquisar na Internet receitas-ou-qualquer-outra-coisa que eu possa comer que não tenha leite. E nem soja. Lindo, não?? Foi difícil, mas eu me adaptei: se antes já gostava, agora sou a maior admiradora de chás do mundo!!! Quanto ao resto, eu abstraí. Simples assim.

E assim, fui vivendo feliz (pero no mucho). Certo dia, uns 6 meses atrás, fui a três nutricionistas diferentes (sim, porque quando a primeira me disse o que vou contar aqui, eu me desesperei e saí correndo atrás de outras opiniões de profissionais). Já dá pra imaginar o que rolou, né?? Yeah, yeah, continuo não me sentindo bem quando como determinadas coisas, mesmo sem soja e sem lactose. Consegue advinhar? Os médicos estão desconfiados que, além disso tudo, eu também tenha alguma intolerância ao glúten!!! Que tal??? Não, eu não sou celíaca - menos, né gente?? -, eu só passo mal, é diferente. Nos últimos meses minha vida cortei um dobrado. Tanto que me revoltei e chutei o balde. Ah, chutei mesmo, de sair rolando e batendo nos cantos!! Cortar o trigo, a aveia e, o principal, a cerveja, é demais pra mim!!!! Tentei, tentei e não consegui. Pronto, falei.

Pois bem, voltei hoje à minha médica. Com cara de menina danada que não seguiu como devia a dieta de "detoxicação" nos últimos 15 dias e pronta pra levar um puxão de orelha. Conversa vai, conversa vem, digo que continuo sentindo desconfortos, náuseas, passando mal do estômago, etecetera e tals (jura, Mayra??)... Então vem o veredito:

"Mayra, vamos ter que radicalizar (mais????). É por pouco tempo, pra que eu consiga diagnosticar teu problema mesmo, baseada no teu histórico e analisando alguns exames que vou te pedir pra fazer. Você vai cortar - ouviu bem? eu disse c o r t a r mesmo, arrancar fora, deletar, decepar - da alimentação, por 30 (trinta!!!!!) dias, a lactose, a soja, o glúten e os cítricos".

"Putaquepariumermão!!!!!! Agora os cítricos também????". Foi o que eu disse pra mim mesma naquela hora. Não xinguei a médica porque a coitada realmente não tem culpa. Eu sou muito indisciplinada e adoro quebrar regras. Mas dessa vez não vai ter jeito. Senão os exames vão me denunciar, o estômago vai gritar e eu vou passar mal de verdade. Fazer o que?? Vou viver de muito amor, brisa e cápsulas da felicidade no próximo mês. E sabem da melhor?? Vou ficar com a pele linda, magrinha, gostosa e... saudável. Pois é. Tive que aflorar a "Pollyanna" que existe em mim e fazer o Jogo do Contente. Hoje já fui comprar as coisas que ela me passou pra dieta: leite de arroz, óleo de coco, suco de aloe vera (a tal da babosa), macarrão e barrinhas de Quinoa, farinha de maracujá e muita, mas muita linhaça na veia... Que delícia (mentaliza, Mayra, mentaliza)!!! Vai dar tudo certo, gente.

O MasterCard que me desculpe, mas pra tudo nessa vida tem um preço. O melhor é que agora, quando eu passar pela esteira rolante da Câmara dos Deputados, vou poder dizer, com propriedade, que me sinto dentro do desenho d'Os Jetsons!!! E não fique com pena de mim. Digo pra você, daqui a um mês, passados os tais trinta dias, virei aqui dizer, que das duas uma: ou eu vou mesmo aumentar minha lista de comidas proibidas e terei que viver como astronauta, me alimentando de cápsulas; ou então serei uma mulher-sem-soja-sem-lactose-mas-com-glúten-e-cítricos muito da feliz, e que teve uma boa história pra contar. Vai dizer que não se divertiu com a desgraça alheia??? Hahahahaha.

Beijinhos de um ser que deve ter vindo de outro planeta (ou, provavelmente, de Anápolis).

quinta-feira, agosto 21, 2008

Pára-raio de doido


Outro dia, num táxi pro aeroporto, um motorista puxou papo comigo - que já quase não gosto de falar - e a coisa desandou. Dá pra imaginar a conversa? Te digo que não.

Tudo começou com um engarrafamento. O cara se estressou e resolveu xingar o governo de 5 décadas por estarmos parados no trânsito. Até aí, tudo bem. Eu também me irrito com isso. Eis que o cidadão me diz:

- Sabe o que é? Sou militar da Marinha reformado e agora ganho a vida assim. Opção, sabe? Fico pensando em cada coisa que a gente tem que passar neste mundo. Por exemplo, a senhora não acha que o período da ditadura foi a melhor fase que o país viveu?

Quase engasguei. Lógico. Como assim, meu filho?? Pirou? Bebeu gás??? Resolvi não falar nada pra ver o que ainda poderia sair daquela conversa.

- Mas por que o senhor acha isso? Tem muita gente que reclama...

- Só reclama quem mexeu com política, minha filha. Quem levava a vida honesta, dentro das regras, não tem do que reclamar. Mas tem uns insatisfeitos que se envolviam com a politicagem...

- É, mas existem registros de tortura, prisões, seqüestros...
- Minha filha, eu penso assim: se fez coisa errada, tem mais é que apanhar mesmo. Hoje se vive numa ditadura muito pior do que aquela dos anos 60...

- Hein???

- Hoje, se beber e dirigir, vai preso. Se jogar lixo na rua, paga multa. Se chamar um preto de preto, direto pro xilindró. Oras, se o preto é preto mesmo, qual o problema de dizer isso?? A vida tá muito mais difícil hoje em dia. Meu pai, por exemplo. Também era militar. Hoje ninguém fala nele e quando fala, é pra falar mal. Eu não entendo. Falar mal de um cara que lutou pela honra e pela ordem desse país??

- Hummm, mas o que seu pai fazia???

Enche o peito e diz:
-Ele era do SNI!!!! A senhora tem noção disso??? (e como tenho...) Ele deu a vida pelo SNI!!! E as pessoas insistem em dizer que ele era um fascista!! Esse povo não sabe é de nada. Bons tempos aqueles em que tínhamos presidentes como o Golbery, o Geisel e o Médici!!! Sem contar o melhor presidente que este país já teve: João Figueiredo.

- Ah sim, aquele que disse que preferia o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo??

- Ah, isso não é nada. O Figueiredo era um homem firme, de decisão. Essa declaração dele só comprova isso. Foram inventar essa coisa de "Diretas Já!", deu no que deu. A senhora sabe que eu fui chefe da guarda presidencial em Brasília por seis meses?? Protegi o que é, na minha opinião, um dos maiores adminstradores deste país: Fernando Collor de Mello!!! Nunca teve outro igual!!!!!

- O senhor acha mesmo?
- Ah, não venha me dizer que você apóia este analfabeto que tá no poder!!!

- Eu? Não tenho opinião formada a respeito. Odeio política. Só nasci na capital do país.

(Meus caros, no meu lugar vocês talvez teriam dito a mesma coisa. Estar num lugar desconhecido, dentro do carro de um maluco, não te dá chance de dizer o que pensa...).

- Então vamos falar de outra coisa. A senhora sabe, eu tenho um irmão que mora em Anápolis, no Goiás. Ele também é militar (jura??) e trabalha na Base Aérea, no Serviço de Pesquisas Ufológicas. Uma vez fui lá visitá-lo e como também sou militar, pude ter acesso a algumas coisas sigilosas...

- Ah é, tipo o que?

- A senhora acredita em extra-terrestre?

- Sei lá! Acho que sim. (Pronto, lá vem...)

- Ah, tem que acreditar. Eles estão aqui por todos os lados.

- Que nem no filme "Homens de Preto"?

- Isso. Aliás, quem fez aquele filme teve acesso a informações de Anápolis. Só pode. A senhora lembra do E.T. de Varginha? Pois é, aquilo tudo foi mesmo verdade. Criaram aquela chacota toda pra disfarçar a vinda deles pra cá, que foi descoberta... Sabe, na Base Aérea eu vi uns filmes. Eles têm registro de imagens de vários extra-terrestres que passaram por aqui. Eles são muuuuuito mais avançados do que nós!!!

- E é? E por que eles não usam roupa, andam em naves toscas e falam uma língua que ninguém entende? Porque se eles são tão mais avançados assim, já teriam feito contato de outra maneira... Quer dizer então que a gente vai estar esquisitos como eles daqui a uns anos??

- Quase isso, minha filha. Sabe o que foi que eu fiquei sabendo lá em Anápolis???

(Preparem-se, agora vem a parte mais legal de todas da conversa!!)

- Que toda a tecnologia desenvolvida aqui na Terra foi passada por eles pra nós!!!!

- Uai, mas como???

- Oras, eles chegam aqui, escolhem cientistas, abduzem eles e inserem a tecnologia na cabeça deles. Quando devolvidos da abdução, acham que sonharam com aquela tecnologia e vão lá e desenvolvem. Ou você acha que o Isaac Newton e o Einstein tinham condições somente humanas de criar tudo o que eles criaram??? Foram abduzidos também!!!

Chega, né gente? Minha corrida terminou aí e segui meu rumo. Um pouco assustada, confesso. Bateu uma séria dúvida sobre se deveria pegar outro táxi tão cedo. Precisei de tempo pra processar tanta informação de um doido só num único dia. E admito que passei a olhar pras pessoas muito inteligentes com certa desconfiança. Sei lá, será que não são todos marcianos??

Beijinhos de quem nasceu pra ser pára-raio de doido!!!

segunda-feira, agosto 18, 2008

Um clássico é sempre um clássico



Oiêêê!!!

Tudo belezinha? Depois de alguns meses "matutando" uma maneira de migrar o Milk Shake pro sistema Google, consegui, enfim, fazê-lo. Este é meu novo liquidificador, onde muitos milkshakes pretendem ser batidos.

E como o blog tem cara de velho, mas estrutura de novo, alguns dos arquivos de 6 anos de postagem ficaram no endereço antigo. Por isso, se você é uma pessoa saudosa, que adoraria reler algum texto daquela época, não precisa chorar. O endereço permanece existindo, embora sem atualizações. Deu saudade, é só clicar:


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Beijinhos com cheirinho de casa nova. Volte Sempre!